Diário de bordo Galápagos
dez10

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Que tal explorar um dos lugares mais incríveis do planeta a bordo do charmoso Silver Galápagos?

A Diretora de Vendas da Silversea, Ligia Secco, acabou de voltar dessa viagem por Galápagos no Equador e nos conta através de um Diário de Bordo sua experiência no destino! Confira:

 

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DIA 1

 

Em minha viagem de férias encontrei a oportunidade de compartilhar com você, as maravilhas das Ilhas Galápagos enquanto estou a bordo do Silver Galápagos, um dos 3 navios de expedições que a Silversea tem em sua frota.

Hoje foi dia de embarque: desde a chegada em Baltra até o jantar, tivemos muitas informações sobre como serão nossos próximos dias, separamos o equipamento de snorkel (composto de máscara e cano, pés de pato e neoprene) e já repassamos como será o dia de amanhã.

Mas antes, um breve relato de uma estadia de três dias em Quito, cidade que deve fazer parte do itinerário quando se pensa em ir à Galápagos.

Quito é uma cidade muito bonita, primeiro patrimônio mundial da Unesco junto com a Cracóvia, com um centro histórico a là Ouro Preto porém em proporções bem diferentes. Lá se encontram 30 igrejas de diferentes ordens religiosas, além de prédios históricos como o Palácio do Governo aonde todos os dias Rafael Correa, presidente do Equador, chega para trabalhar. Tive a sorte de participar da primeira comemoração da fundação de Quito, no dia 6 de dezembro: uma parada muito alegre e colorida que encheu a cidade.

Além da parte histórica, Quito tem em seus arredores muitos vulcões para se visitar como o Cotopaxi, que infelizmente estava fechado durante minha visita. Fui porém à Laguna Quilotoa que está num vulcão extinto há algumas horas da cidade. Paisagens lindas e uma boa caminhada até a beirada e volta. Aliás para ecoturismo e turismo de aventura essa região é um prato feito!

Outro passeio foi ao povoado de Mindo: mata muito parecida com a nossa Atlântica e onde aprendemos sobre chocolate, fizemos tirolesa, conhecemos um borboletário e ainda visitamos uma cachoeira linda. Tudo a poucas horas da capital equatoriana.

Acompanhe essa expedição e aprenda comigo sobre esse destino espetacular!

Até mais!

 

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DIA 2

 

Durante a manhã fizemos uma caminhada leve de 2h, porém com 388 degraus até o topo da ilha de Bartolomeu. De lá vimos um dos cartões postais de Galapagos, a Pinnacle Rock! Aqui começamos a entender a geologia das ilhas, formadas por vulcões e cinzas vulcânicas que vão se sobrepondo e mudando a paisagem de acordo com a atividade vulcânica do lugar, uma das regiões mais ativas do mundo. A própria Pinnacle Rock é na verdade a lateral de uma cratera que ficou de pé após o colapso das laterais.

Ainda pela manhã saímos para nosso primeiro snorkel. Indescritível! Peixes variados, arraias, tubarões, peixes mergulhando na nossa frente para pescar. Nos próximos dias tem fotos de tudo isso!

Depois do nosso almoço no Grill, saímos para um passeio de zodiac em Caleta Bucanero e vimos uma porção de outros bichos: leões marinhos (não existe foca em Galapagos), tartarugas, blue footed boobie (cujo nome vem de “pajaro bobo”, pela facilidade que os espanhóis tinham de capturá-los), pelicanos…aqui temos uma lista para ticar quais bichos já vimos.

 

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DIA 3 

 

Hoje estivemos nas duas ilhas mais novas do arquipélago: Isabela e Fernandina, nomeadas em homenagem aos reis espanhóis Isabel e Fernando. Essas duas ilhas tem a maior concentração de vulcões de todas as Galápagos e foi em Isabela que o vulcão Wolf entrou em erupção há poucos meses. Nessa última erupção a tripulação sentia o calor da lava de dentro do Silver Galápagos!

Pela manhã fizemos um passeio de zodiac pela costa de Isabela, avistando as primeiras iguanas marinhas. O mar estava um pouco mexido, por isso nosso snorkel agendado para a manhã foi mudado para o início da tarde. E que snorkel! Vimos iguanas dentro d’àgua se alimentando, muitos peixes coloridos e quase bati numa tartaruga, de tão perto que ela estava e do meu desespero de não encostar no bicho! ÍNCRIVEL!

Depois do snorkel fomos para Fernandina, fazer uma caminhada em lava de dois tipos: AA e Parroirroi (não sei se é assim que se escreve, pois são palavras havaianas). AA é a lava craquelenta, que esfriou depois de muito tempo e Parroirroi é a lava que esfriou mais rapidamente, deixando “ondas” no chão.

Lá vimos muitas iguanas! Todas juntinhas para se aquecerem pós-mergulho, já que são animais de sangue frio. Vimos também um baby leão marinho, AIMEUDEUS! Não só um, mas vários! Dá vontade de fazer um book deles! Não vejo a hora de nadar com esses bichos!

Agora vamos jantar com o Juan Carlos, um dos expedition leaders, para sugar ainda mais informação daqui! Depois um drink ao som do piano de Braulio e estaremos prontos pra mais um dia de descobertas!

 

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DIA 4

 

Hoje estivemos em Caleta Tagus, uma baia bem protegida que nos permitiu fazer o primeiro caiaque oceânico. O mar estava bem agitadinho, mas conseguimos ver pelicanos, pinguins, caranguejos e blue footed boobies. Um belo exercício todo feito por Fabinho, que pilotou e remou a maior parte do tempo.

Na segunda parte da manhã estivemos no mesmo lugar só que dessa vez com snorkel. Vi uma raia preta gigante, de quase um metro de largura…só uma pessoa do nosso grupo estava comigo na hora, fomos felizardas! Vi também um pinguim mergulhando atrás de comida. Como eles são rápidos! Além do pinguim teve também um cormorão mergulhando, um pássaro que nas Galápagos teve um processo de “involução”: pela falta de predadores perdeu a habilidade de voar e desenvolveu seu mergulho para ir atrás de peixes.

Após o almoço (um polvo grelhado DIVINO no Grill), fizemos um passeio à área de comando do navio, guiados pelo capitão Marcelo Rojas e a segunda oficial Nancy. Lá vimos toda a tecnologia que é usada para garantir a segurança dos passageiros e tripulantes, além é claro de tirar foto com o cap do capitão e com o capitão per se.

Parte da tarde foi de tartarugas e pinguins de Galápagos, um dos menores do mundo. Chegamos a Bahia Elizabeth ainda na ilha de Isabela, que é um conjunto de 6 vulcões que se interligaram pela lava despejada. Nesse local há mangues e os resíduos das plantas são alimento para pequenos peixes e tartarugas, que atraem peixes maiores, que atraem pássaros. Um mini-safari à espreita de tartarugas gigantes, pinguins fazendo “snorkel” em busca de peixes…lindo!

Agora estamos esperando pela degustação de vinhos sul-americanos que virá em breve, para depois seguirmos para outra noite agradável no Grill!

 

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DIA 5

 

A primeira parada do dia na ilha de Floreana foi no Posto de Observação da Baronesa. Essa baia foi o local onde fizemos o segundo caiaque oceânico, muito melhor que o primeiro! Vimos uma tartaruga marinha enorme passando por baixo do caiaque!!!!! Além disso vimos um leão marinho alimentando um bebê e outros tantos nadando do nosso lado.

Pós caiaque, chegamos à praia de Post Office Bay para descansar ou fazer snorkel nas pedras. O que escolhemos? SNORKEL! E foi um dos melhores! Leões marinhos pertinho na areia, fiz um book fotográfico de uma tartaruga e a segui durante uns 10 minutos enquanto comia alga das pedras. Lá ainda fomos ver se havia alguma carta no barril que os piratas usavam como correio, e que os turistas mantém a tradição: colocam cartas para serem entregues por outros turistas que passarem por lá. A única do Brasil pedia que fosse deixada pois o destinatário viria buscar.

Isso foi só a manhã! De tarde fomos fazer outro deep water snorkeling, onde a visibilidade é muito boa por não ter areia…dá pra ver a diferença nas fotos. Alguém leões marinhos vieram nadar conosco e um cardume gigante deu as caras. Lindo!

Depois do snorkel ainda fomos fazer uma caminhada em Punta Cormorant, onde avistamos flamingos e outros pássaros terrestres. Fomos também na praia onde as tartarugas põem seus ovos e havia várias esperando o anoitecer para fazer isso. Lá também vimos arraias e pássaros à espreita das primeiras tartaruguinhas que saiam dos ninhos…

Ufa! Um dia bem ativo que acabou com uma picanha no Grill e Braulio tocando de Pop a Roberto Carlos!

 

Por Lígia Secco – Silversea

 

 

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DIA 6

 

Estamos chegando ao fim dessa viagem e cada ilha é uma surpresa! Hoje foi o dia das tartarugas gigantes, bicho de uns 200 quilos que foi quase dizimado pelos piratas que passaram por Galapagos. Como elas vivem até 1 ano sem água ou comida, eram pegas e amontoadas para servir de comida fresca para os próximos meses a bordo. Estima-se pelos logs dos navios cerca de 250 mil tartarugas foram mortas por piratas. Hoje em dia o parque de Galapagos tenta repor esse número e já foram reentroduzidas por volta de 3000 indivíduos.

 

São várias as espécies de tartarugas gigantes e cada ilha tem a sua, criaturas que evoluíram diferentemente por conta do local onde vivem. Vimos tartarugas bebês, de 2 anos mais ou menos, vimos as adolescentes e as adultas, que ainda não se sabe exatamente quando tempo vivem pois as primeiras foram reentroduzidas e rastreadas há 51 anos, antes disso só as selvagens e não é possível afirmar sua idade.

 

Há uma história que Darwin levou 3 tartarugas para a Inglaterra e somente uma sobreviveu ao primeiro inverno. Um amigo de Darwin que estava indo para a Austrália quis levar o bicho, para que vivesse melhor lá. Com tristeza Darwin deixou Harry partir e lá descobriu-se que a tartaruga era fêmea, foi renomeada Harriete. Harriete morreu há cerca de 12 anos, então estima-se que tenha vivido 170 anos!!!

 

Bom, pós tartarugas passamos a tarde em Cerro Brujo, uma linda praia de areia branca em San Cristobal com uma infinidade de leões marinhos e pássaros. O por do sol foi maravilhoso com a Kicker Rock ao fundo!

 

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DIA 7

 

Último dia ????! Estivemos na ilha de Santa Cruz, a mais habitada das Galápagos. Pela manhã uma visita a Los Gemelos, duas crateras vulcânicas que se formaram assim: o contato da lava com a temperatura exterior criou uma “casca” na caldeira do vulcão. Depois que o fluxo de lava baixou, essa casca ficou sem suporte e colapsou, criando esses enormes buracos.

 

De lá seguimos para El Manzanillo, uma fazenda onde as tartarugas gigantes vivem soltas. As de Santa Cruz são ainda maiores que as de Puerto Ayora. E haja lama! As bichinhas gostam e a lama ainda ajuda a afastar parasitas.

 

De tarde fomos a El trapiche, uma fazenda onde pudemos ver a produção do café orgânico da ilha e provar uma aguardente local, que Don Adriano, dono da fazenda, mistura com caldo de cana e um pouco de limão…muito bom!

 

À noite nosso briefing de despedida foi um brinde a semana maravilhosa que tivemos a bordo!

 

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Por Lígia Secco – Silversea